Hey, here is a translator.

sábado, 26 de outubro de 2013

Atenta-te

Amo porque amo, teus olhos baixos de insonia me olhavam como se fosse uma desconhecida. O clarão surgia em alguns poucos momentos e o teu sorriso de lado pouco dizia. A incerteza me dava palpitares tristes no meu coração. Sentia que aquilo não teria fim, a tristeza pernoitava em meu rosto por dias. E o porquê disso tudo não se discutia em versões poéticas de Drummond. Tuas mãos tremiam sabe se lá por que e eu teria de olhar pros teus olhos para adivinhar tuas dores, teus anseios e sabe lá mais algo. A minha voz falhava, o sorriso ardia e minhas poucas sardas que enfeitavam meu rosto transpareciam a vermelhidão da vergonha. Queria que fosse o único, entre tantos que trouxeram lagrimas aos meus olhos grandes. Mas era somente outro, que passou pela minha vida, trouxe sorrisos e aquele esquentar do coração. Cantava canções ao telefone e pedia para toda noite eu me cuidar, e eu cuidava. Cuidava sim, cuidava para que não chorasse nas noites em claro, cuidava para que meu coração se mantivesse intacto, pra que aquela dor não viesse outra vez. E pro outro dia acordar, levantar e passar o tempo olhando para tua face sedenta de cansaço e que olhava para meus olhos grandes com cuidado, analisando o que sobrou de mim.

Um comentário: