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sábado, 16 de março de 2013

Retrato do futuro


            Alugamos um apartamento no centro da cidade, o velho edifício Oriente, perto do Armazém Guanabara, era tudo o que dava pra pagar com o nosso salário de universitário.
            Estava na cozinha fazendo o nosso café, ele chegou silenciosamente por trás e foi beijando o meu pescoço, passou a língua próximo a minha orelha. Puxou-me para perto, pude sentir a sua respiração quente na minha nuca. Com a boca na minha e as mãos nos meus ombros, ele foi puxando as alças da minha blusa, deixou que ela caísse no chão. As suas mãos desceram até o meu quadril me apertando fortemente. Não lembro onde coloquei a boca, mas a dele abocanhava o meu pescoço.
            Ainda em pé na cozinha, ele foi beijando minha barriga, descendo cada vez mais... os passos delicados da sua língua quente me fizeram gemer. Em um movimento rápido, fui colocada em cima da pia, puxou o meu cabelo com tanta força que soltei um ruído de dor. Os olhos doces eram um complemento para a feição selvagem que me puxava, lanhava, mordia, beijava e numa sede, que parecia não ter fim, chupava todo o meu corpo.
             Já estava tão colada no corpo dele que parecíamos um só, a pela branca fazia contraste radical com a minha. Devo ter cravado as unhas em suas costas quando ele abriu minhas pernas, se aproximou e fez com que os nossos quadris se movessem rapidamente e, assim, fui gemendo cada vez mais alto. Pude sentir a pia tremer com forte intensidade e depois de um gozo que ecoou pela casa, o vibrar da pia foi diminuindo, a mão passou a puxar o meu cabelo levemente, diminuindo, os seus olhos nos meus, diminuindo...
            Droga, o café queimou.

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