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sábado, 12 de outubro de 2013

Eu gosto é do aconchego

Rolo na cama e afundo na falta do teu corpo, aquela sensação de que está faltando algo na cama e de que você está deitado no lugar errado.
Pois é, o lençol tá frio sem teu corpo, e só de pensar dá dó de mim me ver nesta cama só. Olhei meu porta-retrato na cabeceira e sorri ao lembrar que tua foto tava lá, perto de mim e seu sorriso lindo, alegre, sorrindo para meus olhos abertos.
Bom tempo era aquele, no aconchego dos teus braços, dos teus lábios, dos teus castos fracos. Respirar tuas amarguras, sentir teus flancos e fazer teu sorriso clarear.
Agarrei-me a um pedaço de cheiro que havia em meu travesseiro, adentrei-me no buraco da tua falta. Lembrei do teus lábios em minha testa e do teu cafuné em fim de noite, aquele olhar despreocupado que como quem não quer nada pousa em meus olhos e retorna com um ar preocupado.
E depois sorrir e ficar lá, como dois bobos, rindo de nada. 
Olhei para a janela e a lua estava cheia, o céu escuro e a tevê desligada. Parecia até um sinal, tudo conspirava ao teu favor pra perto de mim.
Ouvi passos no corredor, rolei na cama para olhar pela a fresta da porta. Uma luz acendeu e os passos continuaram. Não abri a porta, poderia ser só alguém passeando pelo corredor...
Fechei os olhos e na minha mente parecia que essa pessoa tinha encontrado onde queria ficar. Abri a porta de supetão, já feliz com a surpresa. Olhei para os lados, e o que vi foi um fio de cabelo a passar por uma brisa morna.
Seria surreal? Fechei a porta e fui para a cama novamente, entrei no buraco do corpo dela e fiquei ali, no aconchego, dos braços imaginários.

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